O caso do cargueiro turco integra um milionário esquema de adulteração de azeite montado na Itália, um dos maiores consumidores do produto no mundo. Os bastidores das fraudes são descritos com detalhes pelo jornalista americano Tom Mueller no livro Extra Virginity: The Sublime and Scandalous World of Olive Oil, publicado em dezembro de 2011, ainda sem edição brasileira. Doutor em história medieval pela Universidade de Oxford, Mueller escreve para grandes veículos americanos, como as revistas The New Yorker e National Geographic, e para o jornal The New York Times.
Azeite virgem e extravirgem
Como são produzidos?
A maior parte dos óleos vegetais é extraída em uma refinaria, a partir de sementes ou castanhas, usando solventes, calor e pressão. Contudo, os melhores azeites de oliva são feitos usando uma simples prensa hidráulica ou centrífuga, num processo semelhante ao de espremer uma fruta para retirar seu suco. Este óleo extraído a frio da azeitona recém-colhida é o azeite extravirgem. Com o que sobra das azeitonas faz-se outra extração usando uma temperatura mais elevada e solventes. Este é o azeite virgem ou puro. As azeitonas são extraídas quando trocam de tonalidade, da verde para a mais escura. Idealmente são colhidas à mão e espremidas em até algumas horas, para minimizar a oxidação e as reações enzimáticas, que deixam o óleo com gosto e odor ruim.
Fraude no Brasil — De acordo com técnicos do Ministério da Agricultura, a questão é matemática. "Há mais azeite no mercado do que todas as oliveiras no mundo conseguem produzir", diz em entrevista a VEJA um deles, que preferiu não ser identificado. No fim de 2007, a Espanha pressionou o governo brasileiro para que o país tomasse alguma atitude contra o comércio de azeite fraudado. O país europeu é o maior produtor de azeite do mundo. O resultado foi a criação de uma regulamentação mais dura.
Com a legislação atual, o azeite importado é submetido a exigências da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Anvisa, do Ministério da Saúde. Com a nova regulamentação, o azeite terá de passar pelo crivo do Ministério da Agricultura, assim como frutas e cereais, por exemplo. Haverá então uma pré-avaliação para determinar o seu tipo.
A preocupação espanhola não é injustificada. Entre os integrantes dos Brics, o Brasil tem o maior mercado de azeite. Desde 2005, as vendas do produto tiveram crescimento de 235%, contra apenas 20% nos Estados Unidos, o segundo maior mercado mundial de azeite, atrás da União Europeia. Segundo o Conselho Internacional da Oliva, que supervisiona o mercado mundial de azeite, o Brasil foi o país que teve a segunda maior taxa de importação em 2011, 7%, entre os países que não são produtores tradicionais de azeitonas, atrás apenas da Rússia, com 9%.
O crescente mercado brasileiro atraiu grandes grupos produtores de azeite, como o espanhol Borges, que abriu uma filial no Brasil em 2009, mas também atraiu produtores criminosos.
Nelson Sakazaki, diretor técnico da Oliva (Associação Brasileira dos Importadores e Comerciantes de Azeite de Oliveira), diz que a associação faz 40 análises de adulteração de azeite por ano. "Já encontramos uma marca no Nordeste que vendia 95% de óleo de soja com corante em uma embalagem que diz 'azeite extravirgem'". Sakazaki explica que a adulteração do azeite é bastante simples. "Ele se mistura com qualquer óleo. Já encontramos até óleo de girassol sendo vendido como azeite de oliva", diz.
Sakazaki estima que 20% do azeite vendido no Brasil sofreu algum tipo de adulteração. As fraudes mais comuns são as misturas de óleos menos nobres, como soja e girassol, com o azeite de oliva ou com o óleo do bagaço da azeitona. A fraude, contudo, não é encontrada apenas nos produtos vendidos em supermercados. "Em muitos restaurantes, os proprietários misturam outras óleos diretamente na lata de azeite extravirgem e o consumidor, desavisado, não percebe", diz Sakazaki.
Jeito brasileiro - A detecção da fraude mais grosseira — quando o produtor mistura outros óleos com o azeite — é facilmente detectada. O problema, diz o químico Rodinei Augusti, é quando a adulteração mistura azeite extravirgem com azeite comum (saiba a diferença no quadro). "Como os dois azeites possuem as mesmas moléculas, o trabalho de identificação é mais difícil", diz. Augusti coordena o laboratório de Espectrometria de Massa da Universidade Federal de Minas Gerais. O grupo é especialista em técnicas para detectar alteração em produtos como cachaça, biodiesel e, mais recentemente, o azeite.
Porém ainda existem marcas que preservam sua tradição e zelam por seu nome, como a Marca de Azeite Pons por exemplo, uma das mais famosas marcas de azeite reconhecida especialmente por sua qualidade e processo de fabricação conservando assim o sabor do produto e sendo considerado realmente extra virgem.
A marca Pons é conhecida mundialmente pela sua alta qualidade e a tradição da família Pons e seu compromisso de fabricar o melhor azeite desde 1945. Uma das principais características do Azeite Pons é seu envasamento na origem preservando assim todo o seu sabor. Além disso, as azeitonas são colhidas manualmente e com o pente mecânico para que as azeitonas não sofram nenhum dano.
Da Espanha para o mundo o Azeite Extra Virgem Pons oferece também uma série de benefícios à saúde pois ele é rico em ácidos graxos monoinsaturados, como o ácido oleico, que melhoram o perfil das gorduras do sangue: abaixam o colesterol ruim e aumentam o bom. Além disso, por ser prensado a frio, o azeite extra virgem é tão puro que pode ser comparado a um suco de frutas: preserva os antioxidantes da azeitona, notadamente os polifenóis e a vitamina E.
Assista ao vídeo abaixo sobre o processo de cultivo e fabricação do Azeite Extra Virgem Pons e veja como é feito um dos melhores azeites do mundo!
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